Doenças

Glaucoma

 

O glaucoma é uma doença ocular que provoca lesão no nervo óptico levando a perda do campo visual, podendo levar à cegueira. 

Fatores de risco:

O glaucoma é uma doença de caráter hereditário, portanto os familiares de portadores de glaucoma precisam sempre fazer os exames preventivos. Além da hereditariedade, também são considerados pertencentes ao grupo de risco:

  • Indivíduos com mais de 40 anos de idade – o risco de ser portador de glaucoma aumenta com a idade;
  • Etnia negra – os indivíduos desta etnia tendem a desenvolver o glaucoma numa idade inferior à média da população e a probabilidade de ser afetada é quatro vezes maior em relação aos brancos;
  • Diabéticos;
  • Pacientes que tiveram trauma ocular ou doenças intraoculares.

Todas as pessoas que façam parte de algum dos grupos acima devem se submeter a exames oftalmológicos com regularidade. O ideal é que pessoas que tenham histórico familiar ou pertençam a um dos grupos de risco façam exames 1 vez por ano, a partir dos 35 anos, de acordo com orientação médica.

Sintomas:

O glaucoma é uma doença que não apresenta sintomas no início. A perda visual só ocorre em fases mais avançadas e compromete primeiro a visão periférica. 

Diagnóstico:

De modo geral, dois sinais merecem a atenção: pressão intraocular acima da média e alterações no nervo ótico perceptíveis no exame de fundo de olho. O especialista normalmente realiza exames complementares confirmar o diagnóstico.

Somente a averiguação da pressão intraocular (por meio da tonometria) não é suficiente para diagnosticar o glaucoma. A pressão ocular pode estar dentro dos limites da normalidade para maioria da população, porém alta para o nervo óptico daquele paciente. Por isso, para que o médico possa diagnosticar o paciente com glaucoma, outros exames deverão ser feitos:

  • Acuidade visual
  • Fundo de olho
  • Campimetria computadorizada
  • Biomicroscopia de fundo
  • Gonioscopia (uso de lentes especiais para verificar os canais de circulação do ângulo)
  • Imagens do nervo óptico (retinografia e estereofoto de papila)
  • Tomografia de Coerência Óptica (OCT)
  • Curva tensional diária
  • Tonometria
  • Teste de sobrecarga hídrica

Tratamento:

O tratamento inicial é o clínico, que é feito com colírios que baixem a pressão intraocular, e deve ser mantido, sempre que possível.

Para a forma mais comum de glaucoma (ângulo aberto), há três tipos de tratamento:

  • Medicação: Os medicamentos são eficazes na redução da pressão intraocular na maioria dos casos. Nos casos em que os colírios não são suficientes para o controle da pressão intraocular são receitados comprimidos. A medicação via oral deve ser usada com muito critério, pois entre os diversos efeitos colaterais que podem causar está a perda de potássio. A eficácia do tratamento com colírio depende da disciplina do paciente.
  • Laser: É um recurso utilizado quando o tratamento com colírio não produz o efeito desejado. No entanto, mesmo após a aplicação do laser, o paciente deve continuar a terapêutica com medicamentos. O laser pode ser feito no consultório, em apenas 15 ou 20 minutos. Trata-se de um procedimento relativamente indolor.
  • Cirurgia: É a última alternativa. A cirurgia para o glaucoma implica em criar um novo sistema de drenagem para o olho. O tipo mais comum é a trabeculectomia, uma cirurgia filtrante. Essa cirurgia pode resultar em uma pressão intraocular muito reduzida. Em alguns casos, os colírios deixam de ser necessários quando termina o processo de cicatrização. Os resultados são positivos: mais de 75% dos pacientes passam a ter a pressão intraocular devidamente controlada.